Não pergunte por que lhe escrevo. Escrevo porque as palavras estão aí, como a cidade, a noite, a chuva, o rio, diante de mim, dentro de mim, uma torrente de palavras que não me cumprem.
— Marília Arnaud
Não pergunte por que lhe escrevo. Escrevo porque as palavras estão aí, como a cidade, a noite, a chuva, o rio, diante de mim, dentro de mim, uma torrente de palavras que não me cumprem.
— Marília Arnaud
Meu caro amigo,
estou cansada de tentar
fazer o correto;
tudo me desalinha.
Sigo, decerto,
sem a menor noção
do que é certo;
vou bem.
– Elaine Pauvolid
Escreves-me com frequência, o que me é grato, pois assim te mostras a mim (te mihi ostendis) pelo único meio de que dispões. De cada vez que me chega carta tua, eis-me de imediato juntos. Se ficamos felizes por possuir os retratos dos nossos amigos ausentes… quanto mais nos alegra uma carta, pois traz vivas as marcas do ausente, o cunho autêntico da sua pessoa. O traço de uma mão amiga, impressa nas páginas, proporciona o que há de mais doce na presença: reconhecer.
– Sêneca, em carta a um amigo
Era dia comum
e virou festa.
A gente põe nas coisas
as cores que tem por dentro.
– Antonio Marcos Noronha